Bancos comerciais e empresas imobiliárias juntam-se, a 29 deste mês, em Luanda, no 1º Fórum Banca e Imobiliário, com vista a traçarem estratégias para a gestão de activos imobiliários e introduzir celeridade na concessão de crédito à habitação, no quadro do Aviso 09/2022 do BNA.

16/07/2022  ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO 09H35

Empresas imobiliárias dizem-se pressionadas pelo mercado © Fotografia por: Contreiras Pipa | Edições Novembro

Promovido pela empresa Linear Comunicação, o encontro  estava previsto para dia 22, mas a data foi alterada devido ao luto nacional decretado pelo falecimento do ex-Presidente da República, José Eduardo do Santos, na medida em que a programação teve de ser refeita.

O director-geral da Linear Comunicação, Alberto Domingos, informou ao Jornal de Angola que 150 das cerca de 260 instituições convidadas para o fórum confirmaram  a participação, incluindo representantes do Banco Nacional de Angola (BNA), numa altura em que os operadores bancários e empresas imobiliárias já sentem a pressão dos clientes, depois da entrada em vigor do Aviso 09/2022.

“O evento tem como objectivo melhorar a troca de informações entre os bancos e as imobiliárias para viabilizar o acesso ao crédito à habitação, assim como colocar os players dos dois sectores a encontrarem mecanismos internos para que a banca e o imobiliário nacional caminhem mais próximos”, disse a fonte.

O 1º Fórum Imobiliário, considerou Alberto Domingos, reveste-se de grande importância, porque permitirá dissipar as dúvidas que ainda persistem, sobretudo da parte dos tomadores de créditos à habitação, cujo diploma legal do BNA autoriza um valor máximo de 100 milhões de kwanzas, com uma taxa de juros de 7, 0 por cento.

“É uma grande oportunidade para as pequenas e médias empresas do sector imobiliário que pretendem encontrar parceiros a nível da banca. O programa prevê ainda a componente de networking, em que se esperam entidades de vulto do mercado empresarial nacional, além de uma mini-exposição de bancos e imobiliárias”, anunciou o responsável.

A participação da empresa especializada na recuperação de crédito mal parado Recredit é um dos motivos da adesão dos bancos comerciais ao encontro, na expectativa de uma interacção na abordagem do capital passivo, com vista à procura das melhores soluções, num certame em que os bancos, além de dar informações, vão efectuar simulações de crédito.

Fonte: Jornal de Angola